Brasília – Qualificar e ampliar o acesso a crédito das micro, pequenas empresas e empreendedores individuais na região da Amazônia Legal. Esse tem sido o trabalho do Sebrae em cooperação com o Banco da Amazônia (Basa). A parceria, firmada no início deste ano, tem conseguido atingir as metas estabelecidas de realização de seminários, capacitação de projetistas, empresários, empreendedores individuais e consultores do Sebrae na Região. Só no primeiro semestre foram atendidos, em 36 seminários, 4.121 empresários de micro e pequenas empresas. A meta para o segundo semestre é realizar mais 33 seminários.
O convênio firmado entre as duas instituições prevê capacitar, até o fim de 2012, 110 projetistas de bancos em análise de crédito diferenciada para pequenos negócios; 150 consultores do Sebrae; realização de 132 seminários; presença de 3.969 empresários nos cursos de Planejamento Financeiro, Controle Financeiro, Calculando Custos e Definindo Preços; além do atendimento de 12.039 empresários.
“Nesta segunda fase de implementação do convênio, todos os estados que formam a Amazônia Legal vão estar inseridos na agenda dos seminários. Passam a fazer parte dos trabalhos os estados do Maranhão e Mato Grosso”, informa o analista do Sebrae, Augusto Pérsico.
O Basa é a principal instituição financeira federal da região amazônica. Possui pontos de atendimento que cobrem toda a Amazônia Legal – área onde estão cerca de 59% do território nacional – e também nas cidades de São Paulo e Brasília. O banco opera com exclusividade o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e atende os clientes com outras fontes de recursos, como o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o Fundo da Marinha Mercante, o Orçamento Geral da União, além de recursos próprios.
Conhecimento
O incentivo ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas, por meio de orientações e informações tem surtido o efeito esperado pelas instituições. A constatação é do Basa, com base nas avaliações feitas com os empresários após a realização dos seminários. “Aferimos que 59,2% dos participantes não conheciam as linhas do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, e que 53,4% nunca tinham procurado o Banco da Amazônia”, afirma a coordenadora da Coordenadoria de Planejamento e Controle Comercial de Pessoa Jurídica do Basa, Libia Mauler.
Segundo Líbia, o esclarecimento dos empresários se refletiu no aumento de demandas no banco. Essa mudança pode ser verificada pelos números do primeiro semestre deste ano quando comparados com o mesmo período em 2009. De janeiro a junho deste ano foram realizadas 911 mil operações via Fundo Constitucional de Financiamento do Norte. O número de aplicações foi de pouco mais de R$ 100 milhões. Em 2009 esses números foram de 805 mil operações e R$ 101 milhões, respectivamente.
“O trabalho está em fase de maturação. O grande problema que observamos é a informalidade. Já poderíamos ter avançado mais. Com relação aos valores não houve muitas mudanças, mas é percebido que o crédito está mais pulverizado”, disse Líbia.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias