A balança comercial brasileira da segunda semana de outubro de 2009 (dos dias 5 a 11 e com cinco dias úteis) fechou com um superávit (diferença entre exportações e importações) de US$ 361 milhões (média diária de US$ 72,2 milhões).
As exportações foram de US$ 3,332 bilhões (média de US$ 666,4 milhões) e a importações de US$ 2,971 bilhões (média de US$ 594,2 milhões), somando uma corrente de comércio (exportações mais importações) de US$ 6,303 bilhões (média de US$ 1,261 bilhão).
Nesse período, as exportações ficaram, pela média diária, 6,6% abaixo do desempenho verificado na primeira semana do mês, quando a média diária das vendas brasileiras chegou a US$ 713,5 milhões. Nessa comparação, caíram as exportações de produtos manufaturados (-15%) – principalmente, etanol, laminados planos, óleos combustíveis, aviões, aparelhos celulares, bombas e compressores – e básicos (-7,1%) – por conta de minério de ferro, carne de frango e bovina e milho em grão. Os embarques de semimanufaturados, no entanto, cresceram 34,8%, em virtude de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro ou aço, celulose, ferro-ligas e catodos de cobre.
Na segunda semana de outubro, as importações, também pela média diária, cresceram 17,4% sobre a primeira semana do mês (média diária de US$ 506 milhões), com o aumento das aquisições brasileiras de combustíveis e lubrificantes, equipamentos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, adubos e fertilizantes.
Mês
Nos sete dias úteis acumulados no mês de outubro, as exportações somaram US$ 4,759, com média diária de US$ 679,9 milhões. Em relação a outubro do ano passado, quando o desempenho médio diário das exportações foi de US$ 841,5 milhões, houve queda de 19,2%, atribuída aos embarques de produtos das três categorias: manufaturados (-21,7%) – com destaque para etanol, celulares, aviões, automóveis de passageiros, autopeças, bombas e compressores e motores e geradores elétricos, – semimanufaturados (-17%) – por conta de ferro-ligas, ferro fundido, óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, alumínio em bruto e couros e peles – e básicos (-13,3%) – especialmente, minério de ferro, café em grão, soja em grão, carne bovina e de frango e farelo de soja.
Com relação a setembro deste ano (média diária das exportações US$ 660,2 milhões), o crescimento médio das exportações foi de 3%, por conta das vendas de produtos básicos (+8%) e semimanufaturados (+16,9%). As exportações de bens manufaturados, entretanto, caíram 3,3%.
As importações acumularam no mês US$ 3,983 bilhões, com média diária de US$ 569 milhões. No comparativo com outubro do ano passado (média diária de US$ 781milhões), houve queda de 27,1%, por conta de com aviões e partes (-68,2%), siderúrgicos (-52,8%), combustíveis e lubrificantes (-51,7%), adubos e fertilizantes (-39%), produtos de borracha (-37%) e veículos automóveis e partes (-24,7%).
As aquisições brasileiras nas duas semanas de outubro, ainda pela média diária, ficaram 4,7% abaixo do desempenho médio diário em setembro deste ano (US$ 596,9 milhões), por conta de aviões e partes (-44,3%), combustíveis e lubrificantes (-21,0%), veículos automóveis e partes (-15,3%), equipamentos eletro-eletrônicos (-9,2%) e produtos de cobre (-5,6%).
Ano
De janeiro à segunda semana de outubro de 2009 (194 dias úteis), a balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 22,051 bilhões, o que representou uma média diária de US$ 113,7 milhões. Por esse critério, o valor foi 10,7% maior que o registrado no mesmo período de 2008, quando o saldo da balança alcançou uma média diária de US$ 102,7 milhões. A corrente de comércio em 2009 chegou a US$ 211,033 bilhões (média diária de US$ 1,087 bilhão valor 27,4% menor que o apresentado no mesmo período do ano passado (média foi de US$ 1,498 bilhão).
No ano, as exportações somaram US$ 116,542 (média diária de US$ 600,7 milhões), valor 25% menor que o acumulado no mesmo período de 2008 (média diária das exportações de US$ 800,5 milhões). As importações totalizaram US$ 94,491 bilhões, com média diária de US$ 487,1 milhões, valor 30,2% menor que o apresentado de janeiro à primeira semana do ano passado, quando a média diária aquisições brasileiras foi de US$ 697,9 milhões.