Semimanufaturados são únicos itens em alta nas exportações brasileiras para os países árabes

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São Paulo – O Brasil aumentou em 19,9% as suas exportações de produtos semimanufaturados aos países árabes nos primeiros dois meses deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia compilados pela Câmara de Comércio Brasil Árabe. Foi a única categoria de produtos que teve crescimento de vendas para a região no período, já que as exportações de básicos e manufaturados recuaram em janeiro e fevereiro somados.

No geral, o Brasil registrou queda geral de 17,2% nas exportações para o mercado árabe no primeiro bimestre, com faturamento de US$ 1,6 bilhão. No caso dos semimanufaturados, os produtos que mantiveram as vendas em alta foram ferro-nióbio, ouro em barras, fios e perfis de seção maciça, óleo de milho bruto, e alguns tipos de açúcares.

As exportações de ferro nióbio avançaram 1.612% para US$ 2 milhões, as de ouro cresceram 226% para US$ 13,1 milhões, as de óleo de milho aumentaram 63% para US$ 2,1 milhões, e as de outros açúcares avançaram 34% e ficaram em US$ 331,3 milhões. O ferro-nióbio é um insumo voltado principalmente para a produção de aço. Na categoria de produtos semimanufaturados, o Brasil também exportou mais frutas processadas.

As exportações de produtos básicos do Brasil para os árabes recuaram 25% no primeiro bimestre sobre iguais meses de 2019 e as de manufaturados caíram 23,3% na mesma comparação. No primeiro caso, influenciaram pedaços e miudezas de carnes de frango, carnes bovinas e milho. No segundo, pesou o recuo das vendas de preparações alimentícias e conservas de carne bovina, suco de laranja e outras preparações alimentícias.

Mas o saldo da balança comercial do Brasil com os países árabes cresceu, em 28%, para US$ 900 milhões. Isso porque apesar da menor exportação, houve queda maior na importação de produtos árabes pelo Brasil, de 43,2%. O mercado brasileiro gastou apenas US$ 693 milhões com compras de mercadorias da região em janeiro e fevereiro.

Houve grande influência do petróleo, já que o País importou quantidade menor de petróleo árabe. Apesar dos movimentos de baixa, como bloco o mercado árabe se manteve como o terceiro principal destino das exportações brasileiras no primeiro bimestre deste ano, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. A região foi a sexta maior fornecedora internacional de produtos ao Brasil, após China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Índia.

(*) Com informações da ANBA

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