Setor privado do Brasil e dos EUA defende primeira etapa de acordo comercial entre os dois países em 2020

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Brasília – Os setores privados de Brasil e Estados Unidos avaliam que o impacto econômico da pandemia do coronavírus reforça a urgência de concluir, ainda este ano, a primeira etapa de um acordo comercial abrangente entre os dois países. A posição está expressa em carta conjunta da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e U.S. Chamber of Commerce, apoiada por mais de 25 instituições empresariais.

No documento, encaminhado aos governos dos dois países no dia 23 de abril, as entidades afirmam que as negociações devem incluir áreas como facilitação de comércio, boas práticas regulatórias, comércio eletrônico, combate à corrupção, propriedade intelectual, entre outros temas não tarifários.

“A proposta poderia ser alcançada com agilidade, de forma a aproveitar a janela de oportunidade antes das eleições nos Estados Unidos. O contexto pede uma parceria bilateral mais ambiciosa e que viabilize a construção de um acordo comercial mais abrangente como próximo passo”, explica a CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o pacote bilateral pode trazer ganhos concretos no curto prazo por tratar de compromissos inovadores entre Brasil e Estados Unidos.

“São medidas para reduzir a burocracia, os custos e os tempos das transações comerciais. A ideia é termos avanços na liberação dos bens, cooperação e coordenação aduaneira, emprego de gestão de riscos e redução de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias”, diz Abijaodi

O pacote bilateral de comércio está em linha com o comunicado conjunto dos Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, de março último, bem como com tratativas recentes entre o United States Trade Representative (USTR, representante comercial dos Estados Unidos) o Itamaraty e o Ministério da Economia. A iniciativa representaria um primeiro passo em direção a um acordo de comércio mais abrangente.

A carta foi enviada aos Ministros de Relações Exteriores e de Economia, do lado brasileiro, e ao representante comercial dos Estados Unidos e ao diretor do Conselho Econômico Nacional, do lado norte-americano.

(*) Com informações da CNI

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