São Paulo – Quando a pandemia acabar, os brasileiros querem viajar sem ter de se separar dos seus animais de estimação. É isso que indicam os dados de uma pesquisa realizada em 2020 pela Decode, uma empresa que realiza levantamento de dados sobre o sentimento público em relação a temas relevantes do momento em diversas áreas. De acordo com a pesquisa, as buscas pelo termo “hotel pet friendly” cresceu 238% e “como levar cachorro no avião” também cresceu 170%.
Os animais de estimação são agora mais do que nunca considerados membros especiais na família, e, por isso, na retomada do turismo, os donos irão optar por lugares em que esse membro especial da família seja bem-vindo. É essencial que os donos de redes hoteleiras pensem em ambientes mais amigáveis para os bichinhos, ou seja, pensem em estruturar mais o “pet friendly” para receber o turista, sem que ele tenha de abrir mão da companhia do animal.
Para isso, é preciso inovar o negócio das hospedagens no pós-pandemia. A tendência “pet friendly” só crescia nos estabelecimentos e, atualmente mais do que nunca, é importante inserir nos negócios um profissional formado na faculdade de medicina veterinária, para auxiliar no atendimento de qualidade aos bichos de estimação, que agora também fazem parte da clientela.
Essa nova mudança e a maior conexão dos donos com seus animais reflete em novos hábitos de consumo de serviço. Quem se preparar melhor e der um melhor atendimento aos pets tem mais chances de fidelizar a clientela, porque ficará gravado na sua memória afetiva.
Quem já está investindo nessa mudança não se arrepende, já que é possível observar uma ampliação desse mercado. Uma pesquisa do site de reservas Hoteis.com, de 2020, mostrou que 82% dos brasileiros pretendem viajar com seus animais. O público existe e busca a hospedagem, que vai se adaptar melhor a essa nova tendência de viagem em família.
No entanto, é preciso pensar também nos desafios que essa nova onda de consumo traz. É preciso fazer uma pesquisa com o seu público e entender se será necessário criar uma zona “pet free”, ou seja, livre de animais, para aqueles que não desejam dividir o espaço com os bichos de estimação dos outros clientes. Também é preciso pensar em como garantir a segurança de todos os animais e deixar bem claro as regras de convivência para os donos dos futuros hóspedes para evitar surpresas indesejadas, como cães antissociais que briguem de maneira desproporcional com os outros animais do espaço.
(*) Com informações da Conversiion