Usina reforça o foco no mercado externo e exporta açúcar para sete países árabes

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Fonte: ANBA/Geovana Pagel

São Paulo – Os países árabes estão entre os principais destinos das exportações da Tropical Bioenergia, usina com sede em Edéia, Goiás. Cerca de 30% do açúcar exportado pela companhia é enviado para Arábia Saudita, Egito, Líbano, Síria, Marrocos e Kuwait, que são clientes da empresa desde 2008. O restante das vendas externas da companhia segue para Rússia, Indonésia, Nigéria, China e Índia.

Todo o açúcar produzido pela usina é exportado por meio de grandes tradings que operam no mercado do açúcar. O etanol é absorvido pelo mercado interno, principalmente pelos estados do Centro-Sul e Nordeste do Brasil, mas a empresa tem planos para exportar futuramente o produto.

“Hoje o grande mercado do etanol brasileiro é o interno, que foi criado pelos carros flex a partir de 2003. Os Estados Unidos, Europa, Japão e Coréia são mercados consumidores de etanol, mas ainda protecionistas, o que dificulta as nossas exportações”, afirma Eduardo Souza, trader responsável pela área comercial e logística da Tropical. “No futuro, quando os mercados se abrirem, haverá uma necessidade mundial maior por biocombustíveis e teremos condições de exportar também”, completou.

A Tropical Bioenergia está localizada no sudoeste goiano, distante 180 quilômetros da capital Goiânia e gera 950 empregos diretos. A usina produz dois milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, o que gera aproximadamente 130 mil toneladas de açúcar e 150 mil metros cúbicos de álcool.

A usina foi criada pelos grupos Santelisa Vale e Maeda em setembro de 2006 e há dois anos teve 50% da empresa comprada pelo grupo Britisch Petrol (BP). Os britânicos pagaram R$ 100 milhões pela participação aos dois tradicionais grupos do agronegócio brasileiro.

O investimento, até hoje um dos maiores entre as petrolíferas estrangeiras no setor de etanol brasileiro, faz parte da estratégia da BP para os biocombustíveis, que está centrada em torno de matérias-primas sustentáveis que não causam impactos na oferta de alimentos e em pesquisas para desenvolver tecnologias necessárias para produzir biocombustíveis avançados.

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