Da Redação (*)
Brasília – As exportações da indústria automotiva seguem tendência de alta e no mês de agosto foram embarcadas 47 mil unidades para outros mercados no exterior, com uma alta de 11,7% sobre agosto de 2021. No acumulado do ano, o volume de 335 mil autoveículos exportados supera com folga o dos anos anteriores, inclusive o de 2019, último ano antes da pandemia. Os dados foram divulgados hoje (9) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo.
E os números positivos do setor não param por aí. Pela primeira vez o volume acumulado do ano superou o do mesmo período do ano anterior: 1,549 milhão, contra 1.479 milhão, crescimento de 4,7%. O segmento de ônibus vem sendo um dos destaques, com 20 mil unidades produzidas no ano, 50% a mais do que nos oito primeiros meses de 2021. Também chamaram a atenção as máquinas agrícolas, que continuam com desempenho relevante de vendas, e sobretudo as máquinas rodoviárias, com o melhor resultado histórico nos últimos meses.
“Em agosto, pela primeira vez em um ano e meio, conseguimos operar sem nenhuma fábrica completamente parada. O fluxo de semicondutores finalmente começa a melhorar, embora ainda estejamos passando por um período de restrições de oferta”, comemorou o Presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
O balanço mensal da entidade apresentou outros números animadores. As vendas em agosto totalizaram 209 mil unidades, melhor resultado dos últimos 19 meses. Foi a primeira vez no ano que esse indicador superou a barreira das 200 mil unidades. A média diária de 9,1 mil emplacamentos também foi a melhor do ano.
Da mesma forma, as vendas de máquinas autopropulsadas vêm num patamar bastante elevado. Em julho (último dado apurado) foram 9.130 unidades vendidas, ligeira queda de 3,4% sobre junho, mas com alta de 16,4% sobre julho de 2021. No acumulado do ano, o total de 59 mil máquinas agrícolas e rodoviárias vendidas supera em 26,5% o volume dos primeiros sete meses do ano anterior. Destaque para as máquinas rodoviárias, que em junho e julho tiveram os melhores resultados da história, em consequência dos elevados investimentos em infraestrutura.
(*) Com informações da Anfavea